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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Sem fumaça na Copa

Poder público quer reprimir com rigor as queimadas desde agora para que, em 2014, a cidade esteja livre dos focos no Mundial


Provocar queimadas é crime ambiental passível de multa e até prisão
JOANICE DE DEUS
Da Reportagem do Diário de Cuiabá
Com o fim do período de chuvas e o início da estiagem, as queimadas tornam-se uma das principais preocupações em Mato Grosso. Em Cuiabá, 40 brigadistas já são treinados para o combate ao fogo. Porém, a população precisa ficar atenta para não infringir a lei, uma vez que atear fogo no mato é crime ambiental passível de prisão e multa.

O aviso é do coordenador municipal da Defesa Civil, Oscar Amelito. "Não haverá trégua. Não queremos fumaça em Cuiabá. Nem nesse ano e nem ano que vem, quando serão realizados os jogos da Copa do Mundo", afirmou. A ideia, conforme ele, é intensificar as ações de conscientização para que em junho e julho de 2014 a cidade não esteja encoberta pela fuligem ou fumaça das queimadas.

Por isso, quem for pego colocando fogo em terrenos baldios ou mesmo no lixo no fundo de quintal irá responder por crime ambiental. "Este ano já aplicamos uma multa contra uma pessoa, moradora da rua Antônio Maria, que estava ateando fogo no lixo que estava no quintal. Isso é crime. Fogo na área urbana é proibido o ano inteiro", reforçou. Os 40 brigadistas terão como suporte cinco caminhonetes, quatro caminhões-pipas e quatro motos.

Conforme Amelito, 25 multas, que podem atingir cifras no valor de R$ 8,5 mil, foram aplicadas neste ano. Ano passado, a capital registrou 900 focos de queimadas, a maioria na área urbana. "Cuiabá terá uma intensa ação de conscientização e o combate às queimadas. Vamos, inclusive, apoiar o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), se for necessários, nos trabalhos em parques e morros como o do São Jerônimo", informou.

Neste ano, Mato Grosso contabiliza 2.236 focos de calor, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre os municípios que lideram o ranking estão Nova Ubiratan (144), Nova Maringá (144) e Feliz Natal (110). De acordo com o coordenador da Defesa Civil.

Entretanto, o pico de incêndios ocorre a partir de julho até setembro devido a ausência de precipitação, associada a umidade relativa do ar baixa, ou seja, tempo seco. A reportagem do Diário entrou em contato com as prefeituras de Feliz Natal e Paranatinga, que já registrou 71 focos neste ano, para obter informações sobre as ações de combate e prevenção das queimadas nos municípios.

Porém, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente da Feliz Natal, Cipriano da Rosa Pazeto, alegou estar em reunião e não poderia falar sobre o assunto e a assessoria de imprensa de Paranatinga ficou de repassar as informações por e-mail, o que não aconteceu.

No Estado, o período de proibição das queimadas na área rural está previsto para começar dia 15 de julho. Hoje, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) faz o lançamento oficial do período de proibição, além de divulgar as estratégias de combate. 

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